Monday, January 22, 2007

JMB em Comuna (2006)







(Capa: Hana Luzia)

Faixas:

01. Em nome do Pai nosso (Glauco Segundo - teclados; Bruno Freire - guitarra; Amaro Mendonça e Bruno Freire - vozes)
02. Impossível dialogismo com Fernando Pessoa
(Ricardo Maia Jr. – violão, voz e baixo; Amaro Mendonça - bateria)
03. Todas as coisas estão cheias de letras
(Glauco Segundo – teclados; Ricardo Maia Jr. – voz e risos; Amaro Mendonça e Bruno Freire – risos)
04. Poesia tem nome?
(Glauco Segundo – teclados; Bruno - guitarra)
05. Porque hoje é sábado
(Glauco Segundo – teclados; Ricardo Maia Jr. – guitarra)
06. O mais e menos da poesia
(Glauco Segundo – teclados e sonoplastias; Ricardo Maia Jr. – sonoplastias)
07. Carta virtual para Cecília Meireles
(Glauco Segundo – teclados; Bruno Freire - guitarra)
08. Diálogo com Suzana Brindeiro Gaiarran
(Glauco Segundo – teclados; Ricardo Maia Jr. – baixo)
09. A morte como obra de arte ou à deriva de um suicídio
(Bruno Freire – guitarra e baixo; Amaro Mendonça - bateria)
10. Eu não peço perdão nem dez culpas
(Glauco Segundo – teclados; Ricardo Maia Jr. – guitarra)

Ficha técnica:

Ricardo Maia Jr.: voz /guitarra /baixo /violão /sonoplastias

Glauco Segundo: teclado /sonoplastias

Bruno Freire: guitarra /baixo /sonoplastias

Amaro Mendonça: bateria /sonoplastias

Jomard Muniz de Britto recitando seus atentados poéticos

Gravado por: Ricardo Maia Jr. Em Casa - PE

Mixado por: Ricardo Maia Jr. Em Casa - PE

Masterizado por: Ricardo Maia Jr. Em Casa - PE

Produzido por: Ricardo Maia Jr.

Participação especial:

Leonardo Vila Nova: percussão[3,6,8,10]




Matéria realizada para a edição de 20 de dezembro de 2006 da revista eletrônica: www.mp3magazine.com.br .


Ricardo Maia Jr.

A concepção desse disco se deu, pelo menos a idéia rarefeita, quando eu e Glauco estávamos numa viagem de volta da praia de Porto de Galinhas para casa, Recife, e estava rolando no som do carro Manuel Bandeira recitando suas poesias intercaladas com o piano de Belkiss Carneiro de Mendonça, tocando Camargo Guarnieri. Então, pela amizade que já tínhamos com Jomard Muniz de Britto, vimos a possibilidade de gravar um disco com ele recitando também os seus “atentados poéticos”.

No princípio, a idéia era gravar ao vivo com ele declamando os textos ao mesmo que nós estivéssemos tocando, com a banda completa improvisando. Mas, devido à dificuldade técnica de gravar tudo de uma só vez, resolvemos gravar cada instrumento separado para obter uma qualidade melhor. Então Jomard gravou os 10 “atentados poéticos”, no estúdio Constelasom de Ricardo Silva em Recife, e me entregou para iniciarmos o trabalho.

A primeira tentativa de gravação foi verificar quais das minhas composições e de Glauco poderiam funcionar com os textos. E muitas delas realmente se encaixaram muito bem, como: Nunada (Ricardo Maia Jr.), faixa 2; Desmantelo (Ricardo Maia Jr.), faixa 3; Pássaros (Glauco Segundo), faixa 4; Canção de ninar (Glauco Segundo), faixa 5; Dia de euforia e Buraco (Glauco Segundo), faixa 6. A idéia das faixas 1, 7 e 10 foi de fazer trilha sonora de improviso usando as poesias e suas rítmicas orais e verbais como tema condutor das sonoridades. Já as faixas 8 e 9 foram compostas e arranjadas, por mim e Bruno, especialmente para os textos, respectivamente.

Os atentados poéticos de Jomard remetem à metalinguagem, política, pedagogia, filosofia, psicanálise, cinema, dentre outros aspectos latentes em seu dailogismo. Cada um dos textos traz referências às experiências do dia-a-dia da composição poética, entre humores e ironias do artista. Jomard dialoga poética com a atividade de cronista do cotidiano, sem comprometimentos partidários; sem tentar salvar os mundos, mas também sem nunca esquecê-los. Há um processo de luta cultural, propostas de alternativas à cultural dominante e uma redefinição do papel da vanguarda nesses tempos de pós-tudo(s).

O que se pode concluir é a importância desse disco para concretizar a relação entre Jomard Muniz de Britto e Comuna, num projeto em que ambos puderam livremente somar suas expressões num disco que pode ser classificado como poesia e música em (in)comum ressonância. Ou relutância?

Comuna no Teatro Joaquim Cardozo (2006)








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(Foto: Flora Pimentel)

Faixas:

01. Ruptura
(Ricardo Maia Jr.) /Buraco (Glauco Segundo)
02. Desmantelo
(Ricardo Maia Jr.)
03. Água
(Glauco Segundo)
04. Profundo
(Yuri Pimentel)
05. Pássaros
(Glauco Segundo)
06. Moenda
(Glauco Segundo e letra de Jomard Muniz de Britto)

Ficha técnica:

Ricardo Maia Jr.: voz /guitarra

Glauco Segundo: teclado /voz

Bruno Freire: guitarra

Yuri Pimentel: baixo /voz

Amaro Mendonça: bateria


Gravado ao vivo no Teatro Joaquim Cardozo por: Ricardo Maia Jr. e Bruno Freire- 22/10/06

Mixado por: Ricardo Maia Jr. Em Casa - PE

Masterizado por: Ricardo Maia Jr. Em Casa - PE

Produzido por: Comuna

Comuna - Fragmentes (2004)











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(Capa: Gregório Vieira)

Faixas:

01. A Balada da Praticidade (Ricardo Maia Jr.)
02. Caos do Acaso (Ricardo Maia Jr.)
03. O Espetáculo (Bruno Freire, Yuri Pimentel e Ricardo Maia Jr.)
04. Percepções (Ricardo Maia Jr.)
05. Morto aos Pedaços (Ricardo Maia Jr.)

Ficha técnica:

Ricardo Maia Jr.: voz /guitarra /violão /percussão /escaleta

Bruno Freire: guitarra /voz

Tayga Cristina: voz /percussão

Yuri Pimentel: baixo /voz

Amaro Mendonça: bateria /percussão


Gravado por: César Michiles (estúdio 51) e Kenedy Costa (estúdio Grava) - PE

Mixado por: César Michiles (estúdio 51) e Ricardo Maia Jr. Em Casa - PE

Produzido por: Comuna

Participação especial:

Leonardo Vila Nova: percussão[2,3,5]



Matéria realizada para a edição de 20 de fevereiro de 2005 da revista eletrônica: www.mp3magazine.com.br .

Coisa de Louco!

Leandro Becker

"Eu sou assim, quem quiser gostar de mim..." . Esta frase, retirada da música Percepções, reflete bem a postura musical adotada pela Comuna Experimental, uma banda que faz o som que dá na telha e não liga para o que os outros pensam.

Formada em 2002, em Recife-PE, por amigos de colégio, a banda mantém a mesma formação desde o final de 2003, quando resolveu abrir as portas do Clube do Bolinha e admitir a presença feminina de Tayga em suas fileiras.

A Comuna Experimental prova que nem só de manguebeat vive o Recife. Como o próprio nome sugere, o forte da banda é a experimentação: rock, jazz, drum’n bass, soul e samba são apenas alguns dos estilos musicais que desfilam por sua passarela sonora. Este ecletismo torna a proposta única e original, forçando o ouvinte a participar de um jogo de adivinhação: qual será o ritmo do próximo compasso?

Fragmentes, disco de estréia da Comuna Experimental, com 5 faixas, gravado entre junho e agosto de 2004, é um trabalho intenso e instigante de pesquisa musical. As letras vão do protesto inteligente de A Balada da Praticidade, à pura poesia de O Espetáculo, que parece uma espécie de drum’n jazz.

À primeira audição, o disco causa certa estranheza, em virtude das melodias e letras insólitas, variações rítmicas e estilísticas, e mudanças de andamento que ocorrem dentro de uma mesma música. Ao ouvir o disco, não tente compreendê-lo! Afinal, não queremos ser os responsáveis por uma possível superlotação do manicômio mais próximo!